2/5/2013
Comitê debate modelos de avaliação e novo edital para INCTs
Na segunda-feira (29), o Comitê de Coordenação do Programa INCT realizou sua oitava reunião na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em Brasília. Entre os principais temas em debate estiveram os modelos de avaliação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o formato do seminário destinado a apresentação de resultados, os critérios preliminares para o possível lançamento de um novo edital para composição de novos INCTs e a apresentação de resultados apurados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCTI).
Segundo o presidente do comitê e secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, a definição sobre os procedimentos de avaliação no mês de julho devem ser pautadas pela perspectiva de abrangência dos trabalhos já iniciados nos institutos, considerando sua consolidação e os novos instrumentos disponíveis. "O momento é decisivo para a continuidade adequada do programa. Hoje, além das parcerias já estabelecidas pelos próprios INCTs, temos o Programa Inova Empresa e a possibilidade de uma articulação sistêmica se envolvermos uma entidade de representação do setor privado no âmbito nacional ou regional".
Elias ainda destacou que após a aprovação e liberação do orçamento do governo federal destinado aos órgãos do executivo para 2013, que deverá ser concluído nos próximos dias, serão dois os programas com prioridade no repasse: os INCTs e as subvenções econômicas ligadas ao MCTI.
Em paralelo, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, sinalizou durante a reunião que apenas as Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados da união já se comprometeram até o momento em investir cerca de R$ 250 milhões no programa, caso seja renovado. "Um programa como esse necessita de uma avaliação conclusiva sobre o potencial de abrangência desta iniciativa. Para isso devemos nos cercar de todos os instrumentos disponíveis para a continuidade, e quem sabe, sua ampliação".
Nenhum modelo de avaliação foi ratificado pelo comitê até o momento. A única questão já definida é que o seminário será utilizado como parte desta conclusão sobre os resultados alcançados pelos institutos nos cinco anos de vigência dos contratos com o CNPq, parte deles iniciados em dezembro de 2008.
O seminário dos INCTs será realizado entre os dias 01 e 04 de julho deste ano, em local ainda a ser confirmado. A proposta inicial sobre a formatação do evento inclui espaços para exposição dos resultados e simpósios divididos por grupos temáticos. Foi mencionada a participação de consultores indicados pelos mentores do programa e empresários, que participariam da avaliação dos INCTs.
O diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Manoel Barral, destacou que os estandes dos INCTs devem ser padronizados no evento deste ano e há a possibilidade da entrega de uma premiação durante a cerimônia de abertura. "Esta padronização seria interessante para igualarmos o espaço destinado aos institutos e a possibilidade de que todos tenham as mesmas condições para apresentar seus trabalhos. Assim ficariam preocupados apenas em expor seus conteúdos e resultados para a sociedade", disse. "Estamos avaliando ainda a possibilidade de entregarmos o Prêmio Almirante Álvaro Alberto neste evento", finalizou.
Resultados – Ao final da reunião, o CGEE apresentou indicadores obtidos junto aos INCTs e que servem de parâmetro para a possível continuidade do programa. Segundo avaliação, os principais objetivos do programa pontuados pelos próprios institutos são: avanço do conhecimento; formação de redes de trabalho em conjunto; transferência de conhecimento para a sociedade, avanço da competência e internacionalização.
Outro fator importante detectado pelo levantamento do CGEE é que 69 INCTs efetivaram parcerias até o momento em modalidades como pesquisa, desenvolvimento de produtos e processos, transferência de conhecimento, apoio financeiro e capacitação. No total, 256 empresas oficializaram parcerias com esses institutos. As áreas mais beneficiadas com esta interação foram: nanotecnologia (67), exatas (43), energia (42), saúde (36) e engenharias e TICs (21).
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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