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31/03/2016



Importações de produtos químicos caem 16,3% no primeiro bimestre


Déficit em 12 meses soma US$ 24,6 bi e retração decorre do delicado momento econômico do País

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 3,1 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor representa uma queda de 20,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro bimestre de 2016, as importações de produtos químicos, de praticamente US$ 5,0 bilhões, registraram uma retração de 16,3% em relação ao mesmo período de 2015. Já as exportações, de US$ 1,8 bilhões, apresentaram queda de 7,3% na mesma comparação.

Especificamente no mês de fevereiro, as compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,5 bilhões, um decréscimo de 8,5% em relação ao mesmo mês no ano passado. Já as exportações atingiram US$ 875 milhões, equivalentes a uma modesta elevação de 1,9% em igual comparação.

Apesar da expressiva queda de 22,7%, os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 627,6 milhões no primeiro bimestre deste ano. Já as resinas termoplásticas foram os produtos químicos mais exportados pelo País com vendas de US$ 361,4 milhões, um aumento de 38% em relação ao primeiro bimestre de 2015.

Nos últimos 12 meses (março de 2015 a fevereiro de 2016), o déficit em produtos químicos é de praticamente US$ 24,6 bilhões, o que sinaliza uma contínua retração do indicador em decorrência do delicado momento econômico do País. "A desaceleração nas importações de produtos químicos é um dos sinais de que 2015 foi um ano muito delicado para o País, particularmente para a indústria química brasileira. A redução das compras externas está em linha com a queda do nível da atividade econômica e, infelizmente, não se traduziu em retomada de competitividade doméstica para o setor. As perspectivas dão conta de que cenário continuará bastante incerto ao longo da trajetória deste ano, o que torna ainda mais premente o combate às práticas desleais e ilegais de comércio, atos que geram danos irreversíveis e que podem custar a própria sobrevivência de diversas unidades industriais", alerta a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo.


Fonte: Abiquim








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