20/04/2016
Relatório dá alternativas para energia limpa
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Obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Foto: Carol Quintanilha/Greenpeace |
Greenpeace apresenta cenários para geração de eletricidade em substituição ao projeto do complexo de hidrelétricas do Tapajós, combinando usinas eólicas, fotovoltaicas e de biomassa
A construção de grandes hidrelétricas na Amazônia tem sido apresentada como indispensável para garantir o crescimento do paÃs. No entanto, exemplos recentes de instalação dessas usinas na maior floresta tropical do mundo estão mostrando que, na realidade, elas não passam de uma falsa solução – e estão longe de ser limpas ou sustentáveis.
Atropelamento de direitos humanos, impactos profundos na biodiversidade e nas comunidades tradicionais, violação de leis e acordos internacionais e denúncias de corrupção generalizada (como se viu a partir de depoimentos da Operação Lava Jato sobre a usina de Belo Monte, no Rio Xingu) são alguns exemplos que têm caracterizado a construção de hidrelétricas na região. Além de todos esses problemas, as usinas instaladas em áreas de floresta tropical emitem quantidades consideráveis ​​de gases de efeito estufa – dióxido de carbono e metano – como resultado da degradação da vegetação alagada e do solo. Com todos esses impactos na balança, é impossÃvel classificar as hidrelétricas como energia limpa.
Em busca de verdadeiras soluções , o Greenpeace Brasil lança nesta quarta-feira, 13 de abril, o relatório "Hidrelétricas na Amazônia: um mau negócio para o Brasil e para o mundo", que apresenta cenários de geração de eletricidade utilizando fontes renováveis mais limpas e menos prejudiciais, como a combinação de eólica, solar e biomassa. Esses cenários mostram que, aliando investimento nessas fontes e medidas de eficiência energética, é possÃvel garantir a energia que o Brasil precisa sem destruir a Amazônia.
Utilizando como exemplo a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, cuja capacidade instalada é de 8.040 MW, com uma média de energia firme esperada de 4.012 MW, é possÃvel que uma combinação dessas novas fontes renováveis gere a mesma quantidade de energia firme prevista (4.012 MW) em um mesmo perÃodo de tempo e com um patamar similar de investimento, caso o nÃvel atual de contratação dessas fontes por meio dos leilões aumentasse em 50%.
Leia o relatório completo
Fonte: Observatório do Clima
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