04/08/2016
Demanda interna de produtos quÃmicos de uso industrial para de piorar em junho de 2016
Exportações ajudam e mercado interno inverte a tendência de recuo em 12 meses
Conforme informações preliminares da Associação Brasileira da Indústria QuÃmica – Abiquim, a demanda interna por produtos quÃmicos começa a dar sinais de ter parado de recuar em junho. No acumulado do primeiro semestre de 2016, o consumo aparente nacional (CAN) teve ligeira elevação de 0,2% em volume sobre igual perÃodo do ano anterior, depois de ter exibido redução de 1,0% de janeiro a maio, sobre iguais meses do ano passado. No segundo trimestre deste ano, sobre o mesmo perÃodo do ano passado, o CAN cresceu 4,4%.
Pelo segundo mês consecutivo, o Ãndice de quantum da produção exibe alta, acumulando elevação de 9,57% no bimestre maio-junho. No segundo trimestre de 2016 a alta no Ãndice é de 2,03%, sobre os meses de abril a junho do ano anterior. No primeiro semestre de 2016 o Ãndice de quantum da produção subiu 2,43% sobre o mesmo perÃodo de 2015.
Parte expressiva do desempenho positivo da produção é explicada pela alta das exportações. Em junho de 2016, a parcela destinada ao mercado externo, com peso de cerca de 10% em relação ao total vendido, registrou elevação de 2,71%, sobre maio de 2016. No primeiro semestre de 2016, as vendas externas subiram 28,3%, na comparação com igual perÃodo do ano passado. Após duas quedas consecutivas, o Ãndice de quantum das vendas internas teve elevação de 6,16% em junho, em relação ao mês anterior. Mesmo com a base de comparação deprimida, as vendas internas subiram 6,43% no segundo trimestre de 2016, em relação a igual perÃodo de 2015.
No acumulado do 1º semestre de 2016, as importações subiram 5,24%, ante mesmo perÃodo de 2015. Não se pode deixar de mencionar o efeito dólar sobre esses resultados. No que se refere aos preços, após alta em maio, o Ãndice voltou a apresentar deflação (-0,93%) em junho de 2016. Assim, os preços exibem queda nominal de 5,78% no acumulado do 1º semestre, sobre o mesmo perÃodo do ano anterior, principalmente em decorrência dos movimentos do mercado internacional, com destaque para os produtos diretamente derivados do petróleo.
Em junho de 2016, o nÃvel de utilização de capacidade instalada ficou em 80%, um ponto abaixo do de maio (81%), destacando-se a utilização da capacidade instalada das empresas que formam o grupo de resinas termoplásticas (90%). A taxa média de utilização do 1º semestre de 2016 ficou em 79%, mesmo patamar alcançado em igual perÃodo de 2015. "Esse ritmo de operação representa uma ociosidade considerada alta para os padrões da indústria quÃmica mundial, forçando as empresas a realizarem mais paradas para manutenção, gerando custos adicionais aos processos", explica a diretora de Economia e EstatÃstica da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.
Segundo Fátima, a quÃmica está presente na base de inúmeras cadeias industriais e se ressentiu do enfraquecimento e da redução da atividade econômica nacional, especialmente em cadeias como a automobilÃstica, óleo e gás, embalagens, linha branca, construção civil, dentre outras. "Seu desempenho, portanto, é relevante indicador antecedente da atividade econômica, que parece começar a dar sinais de que o pior passou, pelo menos no curto prazo. Além das vendas internas terem sido positivas nos últimos dois meses (maio-junho), o volume de produtos importados subiu 8,54% em junho de 2016, sobre o mês anterior, o que parece comprovar também uma sinalização positiva em relação à demanda interna. Vamos torcer para que o fundo do poço tenha sido alcançado", finaliza.
Fonte: Abiquim
|