.: Notícias :.
Boletim Eletrônico Nº 1238

DESTAQUES:



Siga o
da SBQ


Logotipo

Visite a QNInt





capaJBCS



capaQN



capaQnesc



capaRVQ





   Notícias | Eventos | Oportunidades | Receba o Boletim | Faça a sua divulgação | Twitter | Home | SBQ



22/09/2016



Olimpíadas de ciências ajudam estudantes a descobrir potencial para as carreiras tecnológicas


 
 Olimpíada Nacional de Ciências ajuda a despertar o interesse pelo estudo das ciências e a identificar estudantes talentosos e incentivar seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas. Crédito: Ministério da Educação

A segunda fase da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), que será realizada no próximo sábado (24), deve contar com a participação de 4 mil alunos do 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio de todo país. Eles foram classificados na primeira etapa da competição, que teve 48.889 estudantes. Para um dos coordenadores da ONC, Sérgio Maia Melo, olimpíadas científicas ajudam estudantes a descobrir seu potencial.

"O que acontece é que nem todo aluno consegue perceber sua vocação somente ao frequentar as aulas", diz o professor. "Talvez ele tenha vocação para química, física ou história, mas não sabe. Então, por curiosidade, participa de uma disputa e pode se surpreender com uma medalha ou uma nota. A partir daí, toma consciência de que pode ir mais à frente e passa a se interessar por aquela disciplina. Isso é crucial porque ele se prepara também para o vestibular, a universidade e a vida profissional."

Além de despertar e estimular o interesse pelo estudo das ciências, a ONC espera aproximar as instituições de ensino superior, os institutos de pesquisa e as sociedades científicas das escolas; identificar estudantes talentosos e incentivar seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas; e proporcionar desafios aos estudantes, em busca do aprimoramento de suas formações.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) é parceiro da Associação Brasileira de Química (ABQ) e da Sociedade Brasileira de Física (SBF) na organização da primeira edição da ONC, que recebeu 80.950 inscrições – número que superou as expectativas dos organizadores.

"Abrimos o prazo em junho e o que vimos foi uma enxurrada de estudantes interessados em participar, quando esperávamos, no máximo, 30 mil", relata Maia Melo, responsável pelos projetos de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pelo Programa Nacional Olimpíadas de Química. Representante da ABQ, ele coordena a competição ao lado de José David Vianna, pesquisador associado da Universidade de Brasília (UnB) e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Do total de alunos inscritos, 48.889 fizeram a prova na primeira fase, em 18 de agosto, e 4.482 se classificaram para a segunda fase, cuja lista de participantes está disponível no site da ONC, assim como os endereços dos polos de aplicação nos estados e no Distrito Federal. A premiação nacional está prevista para 9 de dezembro, ainda sem local definido.

Capilaridade

Estudantes de todas as regiões do país participaram da primeira etapa da disputa, dominada por Ceará, com 12.515 alunos, Minas Gerais, com 6.362, e São Paulo, com 5.210. "Nós tivemos representantes de municípios espalhados pelo Brasil inteiro, cidades pequenas e distantes", destaca. "Aqui no Nordeste, aplicamos provas em escolas de vilarejos no alto da serra. Consideramos sensacional ter alcançado essa presença marcante no interior."

ABQ e SBF integram, a convite do MCTIC, a comissão executiva da ONC, que, em sua edição inaugural, também tem como instituição realizadora a Universidade Federal do Piauí (UFPI). A primeira fase ocorreu como um "teste de qualificação" aplicado nos estabelecimentos de ensino em que professores se credenciaram, com uma prova teórica composta por perguntas objetivas em física e química, de acordo com cada nível de escolaridade.

A prova da segunda fase também envolve questões de física e química, mas será dividida em duas partes: uma com perguntas de seleção única e outra com questões analítico-expositivas.

Maia Melo explica que a primeira edição da Olimpíada Nacional de Ciências se restringe a essas duas disciplinas por se tratar de um projeto-piloto. "Precisamos fazer essa primeira experiência e, a depender do sucesso, o governo federal avalia se a iniciativa segue em frente", afirma. "A ideia é que se somem outras ciências, como biologia e astronomia."

Capacidade

Segundo o coordenador, a Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) ajudou a transformar o ensino da disciplina no Ceará em duas décadas. "Posso falar com segurança porque acompanhei essa evolução não só no ensino médio como também no superior, na UFC e em outras universidades."

"Há 20 e poucos anos, a nossa graduação tinha dificuldade de atrair jovens. O curso abria 40 vagas e muitas vezes as inscrições não preenchiam essa quantidade. Quer dizer, bastava o candidato tirar nota diferente de zero que ingressava. O que a gente tinha era um estudante universitário de qualidade duvidosa. Tanto que muitos desistiam ou eram jubilados. E no dia da colação de grau sobravam dois ou três, no máximo", lembra Maia Melo. "Hoje, nossos alunos conseguem medalhas na maioria das olimpíadas e, ao fazer vestibular, disputam os primeiros lugares na UFC, quando não são aprovados pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ou pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts)."


Fonte: MCTIC








Contador de visitas
Visitas

SBQ: Av. Prof. Lineu Prestes, 748 - Bloco 3 superior, sala 371 - CEP 05508-000 - Cidade Universitária - São Paulo, Brasil | Fone: +55 (11) 3032-2299