10/11/2016
Especialistas defendem reformulação do FNDCT para melhorar investimentos em ciência e tecnologia
É preciso repensar o modelo de financiamento para a ciência, tecnologia e inovação do paÃs. A conclusão é de pesquisadores e especialistas que participaram nesta terça-feira (8) do painel "A importância do FNDCT para o Desenvolvimento da Pesquisa e Inovação no paÃs", durante o Fórum RNP 2016.
Para o economista Luiz Antônio Elias, o modelo de fomento à pesquisa não pode ficar restrito ao Fundo Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e Tecnológico. "O fundo não dá conta de fazer frente à demanda qualificada tanto na área de ciência quanto de inovação", disse.
Já o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Alberto Pacheco, avalia que o FNDCT precisa de uma reformulação para melhorar a governança sobre os recursos. "É preciso segmentar a estrutura do fundo entre o que é crédito, o que é fomento e o que é subvenção fiscal."
Pacheco revelou que a arrecadação do FNDCT fica entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões por ano, o que ele considera "razoável" para investir em ciência e inovação. Mas, para o diretor da Fapesp, diante das restrições orçamentárias, a aplicação desses recursos em alguns programas deve ser reavaliada. "Qual o resultado que a gente espera entregar para a sociedade, do ponto de vista econômico, social e do avanço do conhecimento? Você tem que mostrar que o gasto é bem feito", ponderou.
Fonte: MCTIC
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