01/12/2016
Especialistas alertam para a necessidade de mais investimentos em inovação no Brasil
No projeto Sextas da Inovação, promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), o coordenador do CNPq destacou que o paÃs investe apenas 0,55% do PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação enquanto as demais nações emergentes destinam até 2,5%. Para o presidente da Associação de Startups e Empreendedores Digitais, fomento público é essencial, mas startups não podem ficar dependentes desse recurso
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O coordenador de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Aplicações do CNPq, Alexandre Motta, participou do projeto Sextas da Inovação do Ibict. Crédito: Ascom/MCTIC |
O fomento à inovação no Brasil está abaixo da média mundial e precisa ser ampliado, apontaram especialistas durante mais uma edição do projeto Sextas da Inovação, promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Durante o encontro, o coordenador de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Aplicações do Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e Tecnológico (CNPq), Alexandre Motta, destacou que o volume de investimentos no Brasil varia de 0,3% a 0,55% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em outros paÃses emergentes fica entre 1% e 2,5%. Já nos paÃses desenvolvidos, o investimento em pesquisa e inovação alcança 2% do PIB.
O coordenador do CNPq também mostrou os resultados dos programas CI-Brasil e Startup Brasil, que dão apoio a empresas na área de inovação tecnológica. Segundo ele, o Startup Brasil, criado em 2013, atua em parceria com empresas privadas, as aceleradoras. Para Motta, isso mudou completamente o viés do programa e ajudou no sucesso das startups selecionadas. Até hoje, o programa já apoiou 183 startups, sendo que 135 ainda estão funcionando.
Alexandre Motta defendeu que o Brasil precisa de pesquisadores com perfil de empresários. "Hoje, 50% do fomento público para pesquisa e desenvolvimento é para a área de humanas. O Brasil precisa desenvolver engenharia."
O presidente da Associação de Startups e Empreendedores Digitais (Asteps), Hugo Giallanza, também ressaltou o papel das incubadoras e aceleradoras para a sobrevivência das startups. Segundo ele, o Ãndice de mortalidade dessas empresas é alto – de cada 100 apenas 1 sobrevive. As incubadoras, na avaliação dele, ajudam os novos empreendedores a entender e a inserir seus produtos no mercado.
Giallanza ponderou ainda que o fomento público é essencial, mas as startups não podem ficar dependentes desse recurso. "Tem de começar com dinheiro próprio e tentar sobreviver e validar o negócio, para depois ir em busca de apoio. A maior riqueza das startups são as pessoas."
Fonte: MCTIC
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