12/01/2017
Embrapii, IPT e CBMM vão produzir liga de didÃmio-ferro-boro
|
|
| Primeiros 100 gramas de didÃmio no Brasil foram obtidos em projeto desenvolvido em parceria entre o IPT e a CBMM, no âmbito da Embrapii (foto: IPT)
|
Em fevereiro de 2016, a Unidade Embrapii IPT e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) conseguiram produzir, em escala laboratorial, o didÃmio metálico, constituÃdo de elementos de terras-raras (praseodÃmio e neodÃmio), utilizado na fabricação de superÃmãs.
Menos de um ano depois, em janeiro de 2017, os parceiros anunciaram a segunda fase do projeto que visa a produção da liga de didÃmio-ferro-boro, que constitui os chamados Ãmãs permanentes e que são criados com elementos de terras-raras.
Envolvendo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a CBMM, no âmbito da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Emprapii), o novo projeto está avaliado em R$ 2,7 milhões e tem um ano para a sua implementação, de acordo com a Assessoria de Comunicação do IPT.
"A cadeia de produção dos superÃmãs se inicia na extração dos minérios, que é feita em Araxá (MG) pela CBMM. Depois, ocorre a concentração das terras-raras, a produção dos óxidos e a obtenção do didÃmio, realizada na etapa anterior", explica João Batista Ferreira Neto, pesquisador do Laboratório de Processos Metalúrgicos do IPT. "Nessa segunda etapa, o objetivo é obter a liga de didÃmio, ferro e boro, para então passarmos à terceira fase, em que poderemos produzir o pó da liga e o superÃmã em escala laboratorial", acrescentou.
Com aplicações em turbinas eólicas, carros elétricos e motores de alto desempenho, como os utilizados em eletroeletrônicos, os superÃmãs são produtos importantes para o fornecimento a indústrias de alto valor agregado. O mercado atual é quase completamente controlado pela China, que possui mais de 55 milhões de toneladas de reservas de terras-raras e domina toda a cadeia de produção dos Ãmãs.
"Depois da China, temos a maior reserva de terras-raras do mundo, com 22 milhões de toneladas, e ainda temos uma vantagem produtiva: as terras- raras estão no rejeito da extração do minério de nióbio explorado pela CBMM, de maneira que o custo de extração seria abatido do custo total de produção", esclarece o pesquisador.
Para mais informações acesse: www.ipt.br/noticia/1143-cadeia_de_superimas.htm.
Fonte: Agência FAPESP
|