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26/01/2017



Nobel que abriu as portas para a compreensão da fotossíntese vem para a IUPAC 2017


Laureado em 1988, Robert Huber elucidou a estrutura tridimensional de centro de reação fotossintética

O bioquímico Robert Huber costuma dizer que acendeu as luzes para que os cientistas pudessem compreender a fotossíntese, processo fundamental para a vida na Terra. Com técnicas de cristalografia, ele elucidou a estrutura tridimensional do centro de reação fotossintética da bactéria Rhodopseudomonas viridis, em um trabalho conjunto com Johan Deisenhofer e Hartmut Michel. O trio foi laureado com o Prêmio Nobel de Química em 1988. Huber é um dos palestrantes keynote que estarão presentes ao Congresso Mundial de Química (IUPAC 2017), que será realizado em São Paulo, de 9 a 14 de julho.

Huber: "O desenvolvimento de métodos de cristalografia para proteínas foi o foco do meu trabalho em laboratório desde o início."

Huber, que gosta de se encontrar com estudantes e jovens cientistas, nasceu em Munique, em 1937, primeiro filho de um bancário e uma dona de casa. Entrou na escola em 1947, onde aprendeu latim, grego, ciências naturais e química, matéria que o fazia "devorar" todos os livros que encontrava. Em 1956 prestou o exame Abitur (para conclusão do ensino secundário) e entrou no curso superior de Química no Technische Hochschule em Munique. Lá foi aluno de Ernst Otto Fischer (Nobel de Química em 1973) e conheceu a cristalografia no laboratório de W. Hoppe.

Nos anos 60 determinou a estrutura de diversos compostos orgânicos, e em 1971 tornou-se diretor do Instituto Max Planck de Bioquímica. Passou a estudar diversas enzimas e inibidores, com desdobramentos para a química medicinal. No início dos anos 80 passou a estudar proteínas envolvidas em transferência de elétrons e energia. "Muitos dos trabalhos foram feitos em colaboração com outros laboratórios e pesquisadores de diferentes países", recorda Huber. "O desenvolvimento de métodos de cristalografia para proteínas foi o foco do meu trabalho em laboratório desde o início." Ele lembra que iniciou suas pesquisas em um tempo que eram poucos os cientistas interessados na cristalografia, e que os equipamentos eram primitivos e muitas vezes artesanais.

Leia entrevista de Huber concedida em 2003 e publicada no nobelprize.org:
https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1988/huber-interview-transcript.html

Leia o discurso de Huber na premiação do Nobel:
https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1988/huber-lecture.pdf

Página de Robert Huber no Instituto Max Planck de Bioquímica:

http://www.biochem.mpg.de/en/eg/huber


Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de imprensa da SBQ)








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