09/02/2017
Agência aponta desafios para Brasil implementar novas tecnologias
Os principais paÃses desenvolvidos estão se movendo no sentido de revigorar e aumentar competitividade das suas indústrias via a adoção de novas tecnologias e também na maior agregação de valor. De acordo com a análise da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), no campo internacional, o Brasil compete atualmente com produtos gerados nas nações mais ricas que implicam em mudanças importantes na produção, nos produtos e nas trocas internacionais nos próximos anos.
Conforme a análise, os desafios são: avançar na Indústria 4.0, que é uma forma de produzir bens com elevadÃssima eficiência, utilizando máquinas integradas que trocam informações entre si por meio da Internet das Coisas; aprimoramento da economia, a integração de serviços de alto valor agregado aos produtos fabricados; e a incerteza dos parceiros comerciais, marcadamente a China, frente aos primeiros sinais protecionistas dados pelos Estados Unidos no novo ciclo de poder.
Não são apenas os Estados Unidos que passaram por um processo de retomada e reestruturação das suas polÃticas voltadas para o desenvolvimento produtivo, mas também paÃses da Europa, como a Inglaterra, que também lançou uma estratégia recente com foco no aumento da competitividade da sua indústria nos próximos anos e também Portugal com o lançamento da estratégia "Indústria 4.0", com foco na 4ª revolução industrial.
Cada um dos desafios apontados implica em um conjunto de negócios que podem ser conduzidos, estimulados e mesmo criados nos próximos anos, na visão da ABDI. "As apreensões que nublam o otimismo das atividades econômicas já dominadas pelo paÃs, marcadamente na indústria de transformação e nos serviços tradicionais, precisam e serão superadas tão logo os frutos dos primeiros esforços de ação integrada entre setor privado e governo começam a clarear o horizonte das oportunidades", declarou a ABDI, em nota.
Um exemplo disso são os acordos comerciais que o Brasil negocia com parceiros cada vez mais desejosos de estabelecer trocas com o paÃs e que devem ter uma crescente nas exportações. O crescimento de 2,3% na produção industrial em dezembro, na comparação com o mês anterior, também dá novo alento as expectativas em relação à economia em 2017. "A estrutura produtiva brasileira - a mais complexa do hemisfério sul -, o tamanho do mercado interno e a qualidade das universidades tornam a economia brasileira, além de resiliente, capaz de gerar respostas criativas e empreendedoras aos desafios apresentados".
Além disso, na avaliação da ABDI, o sistema financeiro saudável, muito longe de crises ou fragilidades, aliado a estrutura estatal em pleno funcionamento e a ausência de conflitos internos, somada a amplitude geográfica com suas implicações, permite que as condições potenciais para superação dos gargalos estão disponÃveis e darão ao paÃs oportunidades incontáveis de negócios e chances ainda não imaginadas.
"O trabalho, todavia, exigirá esforço de ambas as partes, investimentos direcionados para setores portadores de futuro e, principalmente, o uso da potente criatividade da população brasileira aplicada à produção e a geração de tecnologias inovadoras", ressaltou.
Fonte: Agência ABIPTI, com informações da ABDI
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