16/02/2017
Sistema de gestão de resÃduos sólidos do CeMEAI é testado com sucesso em Matão
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| SISGERES pode ser customizado para demandas de municÃpios de diversos portes, de instituições e de indústria (Foto: CeMEAI) |
Pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP, em parceria com a Reenvolta – cooperativa de trabalho de profissionais na área socioambiental –, desenvolveram um sistema para a gestão de resÃduos sólidos testado com sucesso pela prefeitura de Matão, em São Paulo.
"Desenvolvemos um sistema com base matemática e estatÃstica que permite captar e analisar, em tempo real, informações sobre volume, origem, destino, reciclagem, entre outras, subsidiando iniciativas do municÃpio", explicou Francisco Louzada Neto, coordenador de transferência de tecnologia do CeMEAI e professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, instituição-sede do CEPID.
O sistema foi desenvolvido em plataforma de software livre e pode ser customizado para demandas de municÃpios de diversos portes, instituições e indústrias, como a da construção civil, ele exemplifica. "Se a prefeitura adotou ações para aumentar a reciclagem, o sistema permite medir a efetividade dessa iniciativa", disse Louzada.
Batizado com o nome de SISGERES, sigla de Sistema de Gestão de ResÃduos Sólidos, o sistema foi testado por meio de parceria com prefeitura de Matão. "O convênio teve inÃcio em março de 2016 e, mesmo sendo recente, já nos permite observar que, em alguns meses, tivemos uma produção maior de resÃduos e sabemos quais os tipos mais recorrentes. O objetivo é determinar os melhores momentos para a criação de campanhas de redução, reutilização e reciclagem", afirmou Michela Adriane Alves, diretora da Divisão de Coleta de Lixo do Departamento de Meio Ambiente de Matão até o final de 2016, à Assessoria de Comunicação do CeMEAI. Com isso, ela acrescentou, é possÃvel diminuir a quantidade de resÃduos que vai para o aterro sanitário e, consequentemente, aumentar a vida útil do aterro.
O funcionamento do SISGERES é simples: a cada despejo de resÃduo, o usuário registra no programa a data do descarte, a quantidade e o tipo de material descartado, assim como a origem e o destino dos resÃduos. A partir desses dados, o sistema gera, em tempo real, relatórios dinâmicos, tabelas e gráficos que facilitam o entendimento do processo de descarte no perÃodo de tempo escolhido pelo usuário e permitem uma rápida tomada de decisão.
"O sistema pode ser utilizado por qualquer municÃpio. Os dados são armazenados em nuvem e a prefeitura precisa apenas ter uma conexão com a internet", disse Louzada.
O sistema contribuirá para que os municÃpios se adaptem à Lei 12.305/10, que instituiu a PolÃtica Nacional de ResÃduos Sólidos. A gestão de resÃduos "precisa da tecnologia da informática, da computação", já que envolve uma enorme variedade e imensa quantidade de resÃduos, além de um grande volume de informações qualitativas e quantitativas, afirmou Paulo Mancini, coordenador administrativo da Reenvolta.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e ResÃduos Especiais (Abrelpe), em 2015 o Estado de São Paulo gerou mais de 62 mil toneladas por dia, numa média de 1,4 kg por habitante.
Para assistir um vÃdeo sobre o SISGERES e para mais informações acesse: http://www.cemeai.icmc.usp.br/component/k2/item/448-sistema-de-gestao-de-residuos-tem-resultados-positivos-em-projeto-piloto.
Fonte: Agência FAPESP
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