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23/03/2017



Presidente do CNPq pede por mais articulação entre agências de fomento


 
 Mario Neto Borges citou o CNPq e da Finep, duas agências do MCTIC, que por anos atuaram com ações isoladas - Foto: Divulgação/internet

O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, apontou na última semana, em reunião na sede da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Paulo (SP), os obstáculos que a ciência, tecnologia e inovação (CT&I) brasileira tem enfrentado nos últimos anos, especialmente em relação a falta de recursos. Na avaliação dele, é necessário um trabalho para promover uma melhor articulação entre as agências de fomento, para que as ações sejam mais coordenadas e eficientes.

Ele citou o exemplo do CNPq e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), duas agências do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que por anos atuaram com ações isoladas. Mas agora, segundo ele, existe um movimento de articular os esforços. Exemplo disso é que em breve o escritório da Finep será transferido para o prédio do CNPq.

"Transformar conhecimento em riqueza e desenvolvimento para o país é o nosso grande desafio. A última Pintec [Pesquisa sobre Inovação Tecnológica] mostrou que apesar de todos os esforços, os indicadores de inovação no país permanecem praticamente os mesmos. Falta articulação entre os agentes para um esforço coordenado para a inovação e o empreendedorismo", afirmou.

Para Borges, é imprescindível mais articulações entre as agências, para que o CNPq cumpra o papel de fomentar a CT&I e atuar na formulação de suas políticas, contribuindo para o avanço das fronteiras do conhecimento, do desenvolvimento sustentável e da soberania nacional. "Precisamos de mais recursos e menos burocracia; e mais articulações, para que cada parte desempenhe seu papel da melhor maneira possível", comentou.

Orçamento

Na SBPC, representantes das sociedades científicas questionaram a disponibilização das verbas para a CT&I feitas pelo governo federal e perguntaram como o CNPq poderia garantir que o orçamento para o setor no Brasil continue crescendo. Borges defendeu que houve em 2017 um aumento na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 20% em relação a 2016, e que o CNPq busca agora aumentar a parcela de recursos oriundos da Fonte 100, que é vinculada ao Tesouro Nacional e tem alocação garantida. O presidente do CNPq disse ainda que descontingenciar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) é outra meta. Mas ponderou que o país ainda terá que lutar muito para chegar aos 2% da parcela do Produto Interno Bruto (PIB) destinados à CT&I.


Fonte: Agência ABIPTI, com informações do Jornal da Ciência e SBPC








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