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23/03/2017



Pequenas empresas desenvolvem tecnologias de combate ao Aedes aegypti


Por meio da Finep e da Fapesp, um total de R$ 10 milhões será repassado às empresas para o desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao Aedes

Um grupo de seis pequenas empresas de São Paulo tem desenvolvido repelentes, diagnósticos rápidos e armadilhas para captura do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, vírus zika e das febres amarela e chikungunya. Por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), um total de R$ 10 milhões será repassado às empresas para o desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao Aedes. Elas foram selecionadas em chamada pública cujo resultado foi divulgado em janeiro.

Uma dessas empresas, a DC Química, está desenvolvendo um repelente natural com base no ramnolipídeo, um composto produzido a partir de bactérias. A substância era conhecida como um composto natural capaz de reduzir a tensão superficial de líquidos. É utilizado na indústria, principalmente em produtos de limpeza, como detergentes, pela capacidade de unir substâncias que não se misturam como água e óleo, e na indústria de cosméticos.

Segundo o diretor da DC Química, Bruno de Arruda Carillo, o produto deve chegar ao mercado em 2019. "O preço tem que ser acessível para que a gente possa ter penetração e aumentar o volume de venda. Os nossos clientes serão empresas do setor cosmético, fabricantes de repelentes. Estimamos que em dois anos consigamos disponibilizar amostras para empresas interessadas", informou.

Outra iniciativa vem da Promip Consultoria e Assessoria em Agronomia. De acordo com o diretor-geral, Marcelo Poletti, a empresa tem mapeado a resistência do mosquito a diferentes produtos químicos e biológicos em cerca de 140 municípios. "Com essa informação, vamos desenvolver e aplicar um sistema eletrônico de monitoramento e previsibilidade da evolução da resistência em populações de Aedes aegypti presentes em diferentes localidades".

Poletti explicou que será associada a essas informações kits rápidos para a detecção de populações resistentes. "Esse material poderá ser comercializado para a União, estados e municípios que utilizarão a ferramenta para decisão de aquisição de produtos com maior eficiência para o controle do vetor em campo", disse.

A previsão é que o serviço comece a ser comercializado em São Paulo em meados de 2018 e seja distribuído para os demais estados do País posteriormente.


Fonte: Agência ABIPTI, com informações do MCTIC








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