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27/04/2017



Com apoio a pesquisadores, CNPq elevou o patamar da ciência no Brasil, diz secretário


Agência do MCTIC comemorou 66 anos com lançamento de estudo sobre impactos do programa de bolsas de iniciação científica. Resultados apontam que alunos contemplados pelo Pibic entram mais rápido na pós-graduação.

 
 O secretário Jailson de Andrade participou das comemorações pelos 66 anos do CNPq ao lado do atual presidente Mario Neto Borges e o anterior Glaucius Oliva. Crédito: Ascom/MCTIC

A ciência brasileira mudou de patamar a partir de 1951, com a fundação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A avaliação é do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Jailson de Andrade, que participou, nesta terça-feira (25), das celebrações pelo aniversário de 66 anos do CNPq.

"Na realidade, a criação do CNPq e da Capes institucionalizou a ciência no Brasil", disse Jailson. "Sempre ressalto que essas duas agências e a Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] são extremamente necessárias exatamente como elas são. O CNPq apoia um CPF, desde o jovem aluno até o cientista mais qualificado; a Finep apoia um CNPJ, de uma empresa de pequeno ou grande porte a um governo municipal, estadual ou federal; e a Capes está no seio das universidades e gerou as pró-reitorias de pesquisa e pós-graduação, instituídas diante da necessidade de interagir com o órgão. São três sistemas, e nós precisamos muito deles, porque estão na origem e na consolidação da ciência, tecnologia e inovação [CT&I] em nosso país."

Jailson acompanhou na segunda-feira (24), no Rio de Janeiro, a inauguração da exposição Inovanças, no Museu do Amanhã, marco inicial das comemorações pelos 50 anos da Finep. "Ela mostra com riqueza de detalhes o papel da financiadora e também do MCTIC de transformar o país com inovação. Hoje, celebramos os 66 anos do CNPq, que tem uma vivência mais longa e uma ação muito grande no desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil."

O presidente do CNPq, Mario Neto Borges, destacou como primordial, ao longo dos 66 anos, a tarefa de gerar "muita ciência, com boa qualidade, focada na solução de problemas nacionais, para o avanço das fronteiras do conhecimento e, portanto, para o desenvolvimento sustentável de longo prazo do nosso país". Na visão dele, a agência precisa continuar a priorizar a formação da juventude, para que o Brasil disponha de novas gerações que observem "ciência, tecnologia e inovação como um tripé equilibrado, capaz de beneficiar a sociedade".

Jailson e Mario Neto homenagearam os servidores aposentados em 2016 e aqueles que completam 25 anos de serviço em 2017. Também participaram do evento o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, o diretor do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Fernando Rizzo, e os diretores de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Marcelo Morales, de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais, Adriana Tonini, e de Gestão e Tecnologia da Informação do CNPq, Carlos Roberto Fortner.

Idealizado pelo almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, o então Conselho Nacional de Pesquisas foi instituído em 15 de janeiro de 1951, com finalidade de promover e estimular o desenvolvimento científico e tecnológico, mediante a concessão de recursos para pesquisa, a formação de pesquisadores e técnicos e a cooperação com universidades brasileiras e estrangeiras. A primeira reunião de seu Conselho Deliberativo ocorreu em 17 de abril daquele ano – motivo pelo qual a agência celebra seu aniversário neste mês.

Iniciação científica

Durante a solenidade, o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, apresentou o documento "A formação de novos quadros para CT&I", que avaliou resultados de 2001 a 2013 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), criado no final dos anos 1980 como um canal de descentralização da seleção e do acompanhamento dos projetos para as instituições de ensino superior e pesquisa, por meio das quais as bolsas passaram a ser concedidas.

"No caso do Pibic, nos concentramos em levantar os impactos em três dimensões: para os jovens bolsistas e os seus orientadores, para o sistema de ensino superior e para a sociedade", afirmou Laplane. "De 2001 a 2013, o Pibic experimentou uma expansão notável, potencializada mais adiante pela criação do Pibiti, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, uma iniciativa análoga, existente desde 2007."

Uma das conclusões do estudo é que os alunos de graduação contemplados pelo Pibic, ao terem contato com a iniciação científica, sob orientação de um pesquisador qualificado, beneficiam-se não apenas da experiência acadêmica, mas também da inserção profissional em diversas áreas do conhecimento e da aceleração de seu caminho para mestrado e doutorado, com a redução do tempo de intervalo antes da pós-graduação.

Os resultados apontam, ainda, que o Pibic contribui para o setor industrial, ao ajudar a fornecer mão de obra qualificada. O estudo indica que a proporção de mestres e doutores egressos do programa que se encontravam trabalhando na indústria de transformação em 2014 era de, respectivamente, 6,1% e 2,1%. Os percentuais superam os de mestres e doutores em geral, 4,9% e 1,4%.

Atualmente, o CNPq concede mais de 24 mil bolsas de iniciação científica. Somente nos últimos 10 anos, o Pibic contemplou 5.178 instituições e 316.885 estudantes – 270,9 mil deles no país e 45,9 mil no exterior.

Ao todo, o CNPq apoia, hoje, 90 mil bolsistas, incluindo 15 mil cientistas com o mais alto nível de amparo, ou seja, as bolsas de Produtividade em Pesquisa e de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora.

 "O que realizamos, por encomenda do MCTIC, é mais uma etapa da construção de um sistema de avaliação da trajetória formativa e profissional, com ênfase nos resultados desse esforço na inserção dos estudantes brasileiros no mercado de trabalho", explicou Laplane, em referência ao mapeamento feito pela série de publicações do CGEE sobre mestres e doutores. "Agora, atingimos o espaço da iniciação científica."

Segundo o presidente do CGEE, a organização social se debruça atualmente em estudar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2011.


Fonte: MCTIC








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