21/09/2017
Empresas quÃmicas brasileiras perdem espaço para empresas estrangeiras no mercado nacional
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| Fernando Figueiredo
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Os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria QuÃmica (Abiquim) indicam que, mesmo com uma leve recuperação do setor, as empresas brasileiras seguem perdendo espaço para os fornecedores estrangeiros. Nos primeiros sete meses do ano as importações dos produtos amostrados no Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), todos com produção local, tiveram elevação de 33,6%, mais que três vezes o crescimento da demanda de produtos quÃmicos, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), que cresceu 9%, enquanto as exportações declinaram 0,7%. Nos sete primeiros meses do ano, a participação das importações na demanda doméstica foi de 38,3%, novo recorde em 28 anos de análise, e a utilização da capacidade instalada foi de 78%, um ponto abaixo em relação ao mesmo perÃodo no ano anterior.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, os dados divulgados comprovam o que a entidade há algum tempo vem alertando: a recuperação do setor quÃmico significa a volta do crescimento das importações. "Todos nós queremos a retomada da economia, isso não há dúvidas. Mas a indústria precisa de condições para crescer junto. Um PaÃs rico em petróleo e gás e com a maior biodiversidade do mundo não pode ter as matérias-primas e a energia mais caras do mundo. Isto sem falar dos juros mais elevados do planeta, o que é fatal para uma indústria intensiva em capital. Precisamos de uma polÃtica industrial que torne as empresas brasileiras mais competitivas. Temos demanda doméstica que é atendida por importações, levando riqueza e emprego para outros paÃses".
No mês de julho o segmento de produtos quÃmicos apresentou elevação de 10,04% no volume de produção, as vendas internas tiveram alta de 4,20% e o Ãndice de utilização da capacidade instalada subiu quatro pontos percentuais, chegando a 78%. A melhora dos Ãndices, em relação ao mês anterior, deve-se principalmente a fraca base de comparação, em razão de paradas programadas para manutenção e problemas operacionais isolados, além do mercado deprimido, especialmente no segundo trimestre. Ainda em julho, as importações dos produtos do RAC cresceram 11,4% e as vendas destinadas ao mercado externo tiveram recuo de 2,0%.
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| Fátima Giovanna Coviello Ferreira
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Segundo a diretora de Economia e EstatÃstica da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o aumento da participação de produtos importados vem sendo influenciado especialmente pelos produtos quÃmicos destinados ao agronegócio nacional, que puxa a demanda por intermediários para fertilizantes. Fátima também alerta que "a continuar o crescimento das importações de produtos quÃmicos de forma tão explosiva, a preocupação que começa a ganhar força dentre as empresas do setor diz respeito à elevação das importações indiretas por produtos quÃmicos, contidos na importação de bens acabados, o que pode levar à desestruturação do setor quÃmico no PaÃs e ao fechamento de plantas, pela intensificação da falta de competitividade".
Fonte: PetroNotÃcias
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