26/10/2017
RECE – Setor quÃmico continua batendo recorde negativo nas importações
A recuperação econômica do PaÃs, que deveria ser motivo de comemoração,
mais uma vez prejudica a balança comercial brasileira de produtos quÃmicos
O Brasil importou US$ 3,7 bilhões em produtos quÃmicos no mês de setembro, valor que representa aumento de 2,8% em relação a agosto deste ano e de expressivos 16,5% na comparação com setembro de 2016. Os produtos quÃmicos mais importados foram os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas totalizaram US$ 576 milhões no mês. Já as exportações registraram US$ 1,2 bilhão em setembro, crescimento de 3,7% na comparação com agosto e de 26,7% em relação ao mesmo mês de 2016.
No acumulado do ano, as compras externas de produtos quÃmicos somam US$ 27,9 bilhões, uma elevação de 7,9% frente ao mesmo perÃodo de 2016, ao passo que as vendas externas alcançaram a marca de US$ 10,1 bilhões, valor 13,0% maior do que o registrado entre janeiro e setembro de 2016. Em termos de volumes, as importações, de 32,9 milhões de toneladas, representam o maior registro em quantidades importadas para o acumulado entre janeiro e setembro de um mesmo ano, com compras externas concentradas em produtos quÃmicos para o agronegócio, cujas importações de mais de 23 milhões de toneladas representam mais que 70% do volume total importado.
O déficit na balança comercial de produtos quÃmicos, até setembro, chegou a US$ 17,8 bilhões, representando um aumento de 5,2% em relação a igual perÃodo de 2016. Nos últimos 12 meses (outubro de 2016 a setembro deste ano), foi registrado déficit de US$ 22,9 bilhões, o equivalente a um incremento de 4,0% em relação ao déficit de 2016, que foi de US$ 22,0 bilhões.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, os números da balança comercial em produtos quÃmicos refletem a ausência de novos investimentos em decorrência dos elevados custos dos insumos essenciais para o desenvolvimento do setor. "É dramático e lamentável que o Brasil continue desperdiçando excelentes oportunidades de investimentos, a despeito de todo o potencial de consumo interno e até mesmo regional (Mercosul). O aumento da dependência externa por insumos estratégicos é incompatÃvel com a necessidade de se agregar valor local à s matérias-primas minerais e ao petróleo e gás nacionais para que se gerem empregos e renda de qualidade no Brasil ao mesmo tempo em que se garante a competitividade para diversos setores industriais", avalia Figueiredo.
Fonte: Abiquim Informa - Edição 619
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