05/07/2018
SBQ-MG tem desafio de integrar pesquisadores para diminuir desigualdades
Regional tem apoiado eventos cientÃficos pelo interior do estado e busca crescer com alunos de graduação e pós graduação
A regional da SBQ em Minas Gerais é hoje uma das maiores do PaÃs, com aproximadamente 300 sócios vindos das 11 universidades federais, da estadual ou de uma das três particulares que têm cursos de quÃmica ou de áreas correlatas. "Minas são muitas, e o principal desafio que temos é integrar todos os pesquisadores do estado de modo a minimizar as distorções e desigualdades regionais, e estimular o desenvolvimento da quÃmica em nossa região" afirma a professora Hállen Daniel Calado (UFMG), que foi reeleita secretária regional da SBQ-MG em maio, junto com os professores Raquel Vieira Mambrini (CEFET-MG), vice-secretária, e Walace Doti do Pim (CEFET-MG), tesoureiro.
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Professora Hállen Daniel Calado (UFMG), secretária-regional da SBQ-MG: "Neste biênio a SBQ-MG fará um trabalho intenso junto aos alunos de graduação, pós graduação e professores recém contratados no sentido de mostrar a importância de participar da SBQ."
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Uma das formas que a SBQ-MG vem atuando junto à s instituições de todo estado é com apoio financeiro a eventos de quÃmica. Nos últimos três anos, a secretaria conseguiu apoiar 36 eventos, basicamente com recursos do ERSBQ-MG de 2015, realizado em Belo Horizonte, pela UFMG e o CEFET-MG. "Temos um representante local da SBQ junto a cada instituição, que tem a função fundamental de estreitar a comunicação. Assim conseguimos mapear os eventos e montar um calendário anual o que permite uma gestão financeira satisfatória", explica a professora Hállen. "Apoiamos os eventos, e apoiamos também a ida de alunos aos eventos como ocorreu em 2017 para a IUPAC e o encontro regional em Itajubá. É o investimento da SBQ retornando a seus associados."
Minas Gerais têm como cenário para a pesquisa cientÃfica um grande parque industrial, com destaque para os setores de mineração e indústria automotiva. Tem também uma forte questão de poluição ambiental, decorrente da atividade mineradora, cuja solução exige pesquisa quÃmica. "As instituições precisam estreitar as relações com as empresas e se disponibilizar a empregar as expertises também para fazer pesquisa sob demanda", afirma a professora.
Hállen é sócia da SBQ desde sua graduação. Entre 2012 e 14 foi representante da SBQ-MG junto à UFMG e nos mandatos seguintes tesoureira e secretária. "Me tornei sócia da SBQ muito jovem, por recomendação do meu orientador o professor Jean Michel Pernault, e sempre fui apaixonada pelo trabalho da Sociedade", conta. "Neste biênio a SBQ-MG fará um trabalho intenso junto aos alunos de graduação, pós graduação e professores recém contratados no sentido de mostrar a importância de participar da SBQ. Acredito que podemos dobrar o número de sócios se conseguirmos trazer os mais jovens de volta para nossa sociedade ."
Hállen faz parte do grupo de materiais poliméricos multicomponentes da UFMG, coordenado pela professora Glaura Goulart Silva, do qual também são membros os professores Rodrigo Lassarote Lavall e VinÃcius Caliman. Hoje ela orienta três alunos de doutorado, um de mestrado e co-orienta mais um de mestrado, além de dois alunos de iniciação cientÃfica. Todos possuem trabalhos envolvendo polÃmeros conjugados e nanomateriais de carbono.
O grupo atua principalmente em preparação, caracterização e estudo de aplicações de compósitos com nanomateriais de carbono – carbon black, nanotubos de carbono e grafeno – visando a inovações associadas à cadeia de nanotecnologia. Este grupo está diretamente ligado à implantação do Centro de Tecnologia de Nanotubos de Carbono (CTNano) que se dedica ao desenvolvimento de tecnologia de nanotubos de carbono aplicada a materiais cimentÃcios e poliméricos.
Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)
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