16/01/2020
SBQ Acelera faz encerramento com Demo Day e deixa portas abertas
Equipes finalistas foram treinadas para apresentar seus projetos ao público em geral e a potenciais investidores
A equipe CuraCicatri foi a primeira colocada do primeiro SBQ Acelera, programa de incentivo ao empreendedorismo da SBQ com o INCT Midas e a Wylinka, e o patrocÃnio da Rhodia-Solvay e da Oxiteno, que teve seu terceiro workshop e o Demo Day realizados em dezembro, no Parque Tecnológico de Belo Horizonte.
O propósito do SBQ Acelera é aproximar a pesquisa desenvolvida nas universidades do mercado. No último workshop do curso, as equipes foram treinadas para o chamado "pitch", a ação de apresentar o projeto a potenciais investidores ou outros interessados.
"As equipes foram treinadas para uma comunicação objetiva, clara e efetiva sobre seus projetos, para que conseguissem apresentar ao público e à banca tudo que foi trabalhado durante o programa", explica Jéssica Carvalho, do INCT Midas, coordenadora do SBQ Acelera. "Isso envolve planejamento do conteúdo da apresentação, aspectos visuais dos slides, postura no palco e cadência na fala".
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Equipes de pesquisadores, avaliadores e organizadores do primeiro SBQ Acelera. Para Jéssica Carvalho (segunda à direita), "o programa rendeu excelentes frutos – tecnologias muito interessantes"
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A banca avaliadora foi formada por Alessandro Rizzato, gerente de relações externas da Rhodia Solvay; Joel Passos, pesquisador e empreendedor; Juliana Saliba, start-up Hunter na Biotechtown, Túlio Ceretta Zozolotto, gestor de inovação da Oxiteno. "Agora as equipes finalistas permanecem em contato com os patrocinadores e outros convidados do Demo Day, com portas abertas para eventuais oportunidades de negócio", afirma Jéssica.
A CuraCicatri é liderada por Raquel Alves Costa, do Grupo Laboratório de Biologia da Regeneração e Nanomateriais (LABREN), da UFSJ. A equipe desenvolveu um biogel de colágeno para processos de cicatrização com nanopartÃculas de ouro, que permite o reparo da pele sem perda estética e melhora funcional, podendo já ser aplicado em feridas abertas e reduzindo o tempo de tratamento.
"Eu nunca havia participado de um evento de aceleração de start-ups, e não imaginava como seria", relata Raquel. "Sou bióloga, de um departamento que tem quÃmicos e biólogos. Fiz minha inscrição porque trabalho com materiais para cicatrização e já trabalhava com isso há algum tempo. Entrei com a convicção de que não seria no final uma start-up, mas hoje estou certa que não vou mais fazer pesquisa só para publicar artigos e depositar patentes."
Raquel conta que no inÃcio do programa, pensava na transferência de tecnologia como uma possibilidade para a pesquisa que conduz em parceria com pesquisadores da UFMG. "Ao longo do processo fui vendo que a gente é muito iludido no trabalho de pesquisa. Quando você vai olhar para o mercado já tem várias coisas parecidas com o você faz. As várias etapas foram importantes e mudaram minha forma de pensar."
O grupo está em conversas com pessoas que participaram da banca e tem uma apresentação do projeto marcada para uma empresa interessada. "Mas independentemente dessas conversas, o SBQ Acelera nos mostrou que é possÃvel escalar a ideia, e estamos também contatando médicos para iniciar uns seis anos de testes clÃnicos", conta Raquel.
Jéssica Carvalho avalia positivamente os resultados da primeira edição do programa. "Foi um programa novo, disruptivo, o primeiro de abrangência nacional que busca aproximar universidades de grandes empresas com a presença direta de uma sociedade de pesquisadores e um INCT. Penso que rendeu excelentes frutos – tecnologias muito interessantes."
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Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)
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