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14/03/2024



Redação ganhadora do Segundo concurso de redação da SBQ – Escolas públicas


A Ciência Química no rompimento da inércia social, econômica e sustentável do Brasil

Autores: Lívia Araújo dos Santos (Estudante)
             Gutto Raffyson Silva de Freitas (Professor)

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE – CURRAIS NOVOS - RN

A primeira Lei de Newton, princípio da Inércia, afirma que um corpo tende a permanecer em seu estado inicial até que uma força seja exercida sobre ele. Analogamente, pode-se dizer que o Brasil tende a continuar em seu estado de profunda desigualdade social, insustentabilidade e baixo desenvolvimento, caso não haja ações para modificar essa situação. Considerando a Ciência Química como força capaz de mitigar esses impasses, é notório seu papel na neutralização das desigualdades, através da aplicação prática do conhecimento científico, bem como na construção de um país mais soberano e sustentável, por meio da bioeconomia.

Primeiramente, é fulcral destacar que o conhecimento científico produzido nas universidades deve, ao invés de ser restrito ao ambiente acadêmico, ser aplicado no cotidiano da população. Na obra "O menino que descobriu o vento" é retratada a história de um jovem inserido em um contexto socioeconomicamente instável, carente de tecnologias que auxiliam na manutenção de uma boa qualidade de vida, diante disso ele decide usar a Ciência para ajudar sua comunidade. Fora da ficção, seria adequado adotar a mesma estratégia utilizada pelo protagonista, ou seja, não limitar-se apenas à teoria científica, mas aplicá-la de forma concreta nas comunidades. A exemplo disso, sabe-se que os resíduos industriais são, por vezes, descartados de maneira irresponsável, sendo destinados a locais que afetam a saúde, principalmente, de comunidades mais pobres. Nesse contexto, uma forma de aplicação produtiva da Química seria a fitorremediação, que consiste no uso de plantas para a descontaminação de efluentes e do solo, técnica que, por apresentar um baixo custo, seria acessível para camadas sociais mais vulneráveis. Assim, é claro o potencial da Química para mitigar certos problemas de ordem social.

Em relação à sustentabilidade, a Ciência Química também exerce forte influência, em razão de sua capacidade de promover inovações de baixo impacto ao meio ambiente. A bioeconomia, modelo de produção baseado no uso de tecnologias para a criação de produtos sustentáveis, é uma alternativa que deve ser pautada, através da qual o Brasil tem a possibilidade de adotar produtos mais ecológicos, ação que corrobora para a diminuição de problemáticas ambientais como as mudanças climáticas, poluição, perda de biodiversidade, etc. Uma das inovações advindas desse modelo de produção é a elaboração de embalagens biodegradáveis, a partir do uso de quitosana, amido e outros polímeros disponíveis na natureza. Pesquisas desse nível são altamente relevantes para a sustentabilidade, pois contribuem para a substituição, total ou parcial, de materiais como o plástico, o qual acarreta nos problemas ambientais já mencionados. Assim, pode-se dizer que a Química tem importante papel no desenvolvimento sustentável.

Para além da sustentabilidade, a Química é, ainda, promissora no âmbito econômico. Sabe-se que a Ciência traz alternativas de desenvolvimento constantemente, fato que favorece o Brasil no que diz respeito à comercialização de produtos inovadores, podendo esses serem, inclusive, escassos em outros países, agregando valor aos mesmos. É inegável, por exemplo, que os dispositivos eletrônicos ganham cada vez mais espaço na contemporaneidade, sendo frequentemente trocados por novas versões. Partindo da premissa de que esses objetos são majoritariamente compostos por elementos químicos e serão descartados em um momento posterior, a reciclagem dos mesmos seria uma possibilidade interessante, especialmente do lítio, elemento que poderia ser reutilizado em novos dispositivos, já que facilita o fornecimento de energia às baterias de aparelhos como celulares, computadores, carros, entre outros. Sendo essa apenas uma das contribuições da Química para a economia, infere-se que expandindo-a ainda mais nesse setor, o Brasil terá um considerável avanço relacionado à soberania.

Portanto, é inquestionável o papel da Ciência Química na neutralização das desigualdades e na construção de um país mais soberano e sustentável. Dessa forma, objetivando a aplicação do conhecimento científico no Brasil e intensificação da bioeconomia, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com o Ministério da Educação, promover o conhecimento científico, através do financiamento de eventos voltados à temática. Mais detalhadamente, é preciso que esses eventos incluam instituições de ensino de todas as esferas, de maneira acessível, focando na divulgação científica. Assim, o Brasil poderá sair do seu estado de Inércia e avançar cada vez mais no cenário mundial.








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