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Boletim Eletrônico Nº 1612 - 18/07/2024




DESTAQUE

Avanços e Desafios na Igualdade de Gênero na Pesquisa e Inovação: Relatório 2024 da Elsevier


A Elsevier publicou recentemente um relatório "Progress Towards Gender Equality in Research & Innovation - 2024 review", que fornece evidências sobre os avanços e os desafios persistentes enfrentados pelas mulheres em pesquisa e inovação ao longo dos últimos 20 anos. O documento apresenta uma análise detalhada para uma maior compreensão do cenário atual, ajudando a iluminar os caminhos a seguir, a elaboração de políticas baseadas em evidências e contribuir para a busca da diversidade e igualdade de oportunidades de gênero na pesquisa e inovação.

O relatório revela que a representação feminina em pesquisa e inovação aumentou significativamente nas últimas duas décadas. Em 2022, as mulheres representavam 41% dos pesquisadores globalmente, comparado a 29% em 2001. Esse progresso é particularmente notável em países como Portugal, Espanha, Itália, Argentina e Brasil, onde cerca de metade dos pesquisadores são mulheres. É importante também ressaltar que a representação das mulheres na pesquisa aumentou em todos os diferentes grupos, desde pesquisadoras em início de carreira até pesquisadoras em carreira avançada. Embora seja um marco significativo, as diferenças entre os níveis da carreira permanecem, a proporção de mulheres pesquisadoras em carreira avançada é de apenas 27%, estando ainda distante de alcançar a paridade. Os dados do relatório evidenciam que os ganhos globais recentes em participação feminina na pesquisa são atribuídos principalmente à entrada de mulheres pesquisadoras em início de carreira. Também é possível observar que além das diferenças entre as fases da carreira, também existem diferenças entre as áreas. As mulheres estão bem representadas nas Ciências da Saúde, especialmente Enfermagem, Psicologia e Imunologia e Microbiologia, mas permanecem sub-representadas em vários campos da Ciências Exatas. Nas áreas da Matemática, Física e Engenharia, por exemplo, a proporção de pesquisadoras mulheres é inferior a 30%. Em Química, a representação feminina é de 40%, próxima da média global em pesquisa e tecnologia. Essas disparidades apontadas exigem atenção e, sobretudo, necessitam principalmente de ação para que a paridade possa então ser uma realidade concreta.

É importante ressaltar que apesar dos índices globais de participação das mulheres apresentarem um crescimento contínuo, isso não tem necessariamente refletido no alcance da igualdade de oportunidades, tais como financiamento de projetos, bolsas e representação em cargos de chefia. Por fim, o relatório destaca os progressos significativos alcançados, reconhece os desafios e apela por esforços contínuos, fornecendo uma base de dados substancial para ações destinadas a promover a igualdade de gênero no panorama global de pesquisa.

Para saber mais e realizar a leitura completa do relatório, acesse: https://www.elsevier.com/insights/gender-and-diversity-in-research


Profª Jadriane de Almeida Xavier (UFAL) do Núcleo Mulheres SBQ



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