SBQ DIVULGA

Nessa edição, lançamos a coluna "SBQ Divulga", cujo objetivo é promover ações de divulgação científica da nossa comunidade, vinculados a projetos/programas de extensão ou grupos de pesquisa que atuam nessa área. Quer participar? Escreva para elisaorth@gmail.com. Nessa edição, temos o "Química faz Bem-UNIFAL-MG", um projeto de extensão que leva curiosidades da Química para a Praça Pública de Alfenas e também visita escolas.

Divulgação científica ou Popularização do conhecimento científico: A ciência inserida no cotidiano da sociedade

Em uma linha de pesquisa multidisciplinar realizamos uma análise abrangente microestrutural teórica e experimental de filmes finos nanoestruturados de Cu₂O obtidos pelo método de eletrodeposição. Um material semicondutor multifuncional que exibe propriedades físico-químicas cruciais para diversas aplicações científicas, tecnológicas e/ou de inovação. Com a vantagem adicional de que essas propriedades, como a condutividade, a morfologia de superfície e a presença de defeitos estruturais, por exemplo, podem ser alteradas em função do método de obtenção de maneira simples. Características multifacetadas que conferem ao material uma ampla gama de aplicações, que variam desde a utilização desses filmes finos em sensores, sistemas de degradação de poluentes orgânicos, redução de CO₂, produção de H₂, células solares, entre outras. Este estudo sistemático envolve o controle preciso da síntese e obtenção de filmes finos e uma ampla caracterização microestrutural (https://doi.org/10.1016/j.surfin.2023.103397). Ao abordarmos esse conteúdo no projeto de extensão Química Faz Bem, que objetiva a divulgação e popularização científica, consideramos particularmente algumas questões visando o estreitamento ou aproximação entre a ciência e o cotidiano: Como a ciência em questão está inserida no nosso dia a dia? Qual a relação da ciência e a nossa melhor qualidade de vida? E as diferenças entre o conhecimento científico e de senso comum.

A partir de exemplos práticos, nossa abordagem intermediou a construção do conhecimento de que a ciência está inserida em boa parte do nosso cotidiano, permitindo avanços científicos e tecnológicos e melhorando nossa qualidade de vida de forma geral. Enfatizando que o conhecimento científico é a compreensão de um saber que foi analisado e/ou atestado por metodologias científicas sistematicamente. E as informações de senso comum são uma forma de conhecimento popular subjetivo que pode ou não derivar de um conhecimento científico. E a partir disso criar conexões entre os diferentes saberes científico/senso comum ou construir uma nova informação de cunho estritamente científico, a depender do ouvinte, adultos ou crianças e perguntas feitas. Neste caso, utilizamos de forma prática o exemplo de células solares, seu funcionamento e como o material semicondutor específico pode ser a base destes sistemas. Além de outros exemplos comuns como brinquedos e equipamentos eletrônicos que funcionam com energia solar. Ressaltando os benefícios para a sociedade desta tecnologia inserida em nosso cotidiano para a produção de energia limpa e suas limitações em relação à eficiência energética e custos de produção que tornam necessária a continuidade de pesquisa científica para novos avanços. A citar alguns relatos de experiência: "Eu já sabia que as células solares são feitas de diferentes materiais, e alguns muito pequenos. Mas não sabia que poderiam ser tão pequenos assim e que esse tamanho fosse uma característica tão importante." - relato ao abordarmos os materiais semicondutores nanaoestruturados como base para células solares constituídas por junções.

"É muito legal saber que existem diferentes gerações de células solares e que as pesquisas no mundo estão avançando ainda. Espero que encontrem para nós uma geração muito eficiente e muito barata." - relato ao abordarmos as diferentes gerações de células solares, custo e eficiência específicos.

"Minha mãe já me disse que o sol nos dá energia e agora sei que pra nossa casa também." - relato ao abordarmos a conversão da energia solar em energia elétrica.

Equipe do Prof. Doriguetto no evento dia 15/06/2024 na Praça Getúlio Vargas em Alfenas. Isadora, Paola, Nychollas, Caio, Cristiane, Laura e Michèlle. (foto: Arquivo pessoal de Laura)

Visita dos alunos da Associação Atlética Areadense (Areado-MG) no evento dia 15/06/2024 em Alfenas-MG (foto- DICOM-UNIFAL)

Equipe do Prof. Doriguetto em seu stand na UNIFAL-MG em Alfenas – dia 11/06/2024: Isadora, Laura, Nychollas, Cristiane, Paola, Michèlle e Caio (Foto- DICOM –UNIFAL)

Os pesquisadores mostram os materiais produzidos no laboratório no microscópio (foto: DICOM- UNIFAL)

Os alunos do grupo apresentam suas pesquisas para a comunidade sempre trazendo exemplos do cotidiano para exemplificar. (foto: DICOM-UNIFAL)

Esta atividade foi elaborada pela pós-doutoranda Cristiane Batista Gonçalves e demais alunos do Laboratório de Cristalografia (LabCrys) que é coordenado pelo Prof Antonio Carlos Doriguetto. O Química faz Bem é um evento de extensão que leva as pesquisas do PPGQ e curiosidades da Química para a Praça Pública e também visita escolas. Ele começou na UFMG em 2017 e em Alfenas é coordenado pela Profa. Danielle Ferreira Dias (PPGQ-IQ-UNIFAL-MG) e conta com a participação de quase 200 pessoas; docentes, discentes, colaboradores terceirizados e técnicos administrativos da universidade. Acontece sempre no mês de junho, próximo ao dia 18, com reprises na universidade e em Poços de Caldas. Tivemos o apoio financeiro da FAPEMIG (OET-0670-23) e da SBQ-MG para confecção de banners e camisetas, respectivamente.

Instagram do Projeto - https://www.instagram.com/quimicafazbem/

Link reportagem desse ano no site da UNIFAL_MG


Fonte: Química faz Bem-UNIFAL