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Nova gestão do Núcleo Mulheres busca colaboradoras para subcomissões
O Núcleo Mulheres SBQ está sob nova coordenação, e já prepara uma série de atividades para o biênio. Assumem como coordenadoras as professoras Luana Forezi (UFF), Taícia Fill (Unicamp) e Ana Paula Paim (UFPE). As três são mães, antigas entusiastas da SBQ e já atuaram em outras funções na Sociedade. Agora, pelos próximos dois anos, irão liderar a busca pelo engajamento de mais mulheres na SBQ.
"O trabalho do Núcleo Mulheres é importantíssimo, e vem fazendo a diferença desde sua criação em 2019", afirma a professora Luana. A última RASBQ antes da criação do Núcleo, em 2019, teve apenas 24% de mulheres conferencistas. Em 2023, esse número subiu para 50%. "Temos um plano robusto para dar continuidade às ações em andamento, manter a qualidade do conteúdo que o Núcleo tem apresentado na RASBQ e seguir fortalecendo a presença feminina na Química em todas as regiões do País."
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Luana Forezi (UFF): "O trabalho do Núcleo Mulheres é importantíssimo, e vem fazendo a diferença desde sua criação em 2019"
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Para executar esse plano, o Núcleo está buscando colaboradoras para compor as subcomissões de Design, Mídias e Eventos (link abaixo). A subcomissão de design é responsável por preparar as artes que serão postadas, ou usadas no Boletim Eletrônico, ou ainda outros materiais visuais, como banners para eventos. A de mídias cuida dos perfis do Núcleo nas diversas redes sociais, e a página no portal da SBQ. "Temos uma atenção especial com a subcomissão de eventos, porque vamos começar a realizar eventos nas regiões alinhados com as divisões científicas", conta a professora Luana.
Para a 48ª RASBQ (8 a 11 de junho de 2025, em Campinas), o Núcleo Mulheres irá realizar o já tradicional Simpósio, um minicurso, a quarta edição do Prêmio Vanderlan Bolzani, além de participar do Prêmio ACS-SBQ Mulheres Brasileiras na Química.
A professora Taícia chega ao Núcleo com a experiência de pertencer a uma organização homônima no Instituto de Química da Unicamp e à Rede de Mulheres Acadêmicas, um coletivo que engloba mulheres de todas as áreas do saber na Unicamp. "Sempre admirei muito o trabalho do Núcleo Mulheres SBQ. Recebi o convite para participar da coordenação e aceitei imediatamente. Precisamos mostrar que o problema existe, e pensar em ações e estratégias para buscar mais espaço, mais voz para as mulheres", declara.
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Taícia Fill (Unicamp): "Precisamos mostrar que o problema existe, e pensar em ações e estratégias para buscar mais espaço, mais voz para as mulheres"
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Ela conta que o trabalho do Núcleo Mulheres do IQ-Unicamp tem conseguido promover algumas mudanças de costumes na Instituição e conscientização sobre equidade de gênero.. "Hoje em dia a composição das bancas de concurso ou avaliação de teses e dissertações levam em conta a equidade de gênero. A seleção dos palestrantes para eventos dentro do IQ-UNICAMP também. ", assinala. "Temos eventos dedicados à pauta Mulheres na Ciência e nossos eventos têm tido boa aceitação e público."
Em Pernambuco, a professora Ana Paula Paim tem usado a ciência para desenvolver projetos de impacto social para mulheres, com a ONG Afetos, da qual faz parte. Com financiamento da Sudene, Edital Inova Mulher, o projeto "Mulheres polinizando e semeando agroecologia no sertão pernambucano" vai selecionar dez mulheres e implementar dez sistemas da tecnologia Aquaponia e três caixas de abelhas sem ferrão no quintal da residência dessas mulheres do Sertão de Moxotó no município de Ibimirim- PE. A ideia é empoderar e engajar as mulheres no manejo das tecnologias, além de contribuir para o meio ambiente, produzindo alimentos saudáveis e diversificados sem uso de defensivos agrícolas e exposição a contaminantes e toxinas.
Ela concorda que ainda há um longo caminho a percorrer na busca pela equidade plena, mas acredita que a geração mais nova está mais preparada para essa mudança de mentalidade e hábitos. "As meninas de hoje são muito diferentes da minha geração: buscam espaços, vão atrás de seus direitos e têm a consciência de que o ambiente de trabalho e da universidade pode ser melhor para elas", avalia a docente.
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Ana Paula Paim (UFPE): "Para o bem da Química, da Ciência e da Sociedade, é preciso que mulheres e homens caminhem lado-a-lado"
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Em sua visão, o público está mudando sua maneira de ver a participação feminina, mas ainda temos alguns desafios. "Percebo uma mudança gradativa e positiva de mentalidade nos mais novos. Lembro do Simpósio do Núcleo Mulheres na última RASBQ, em que havia poucos homens (mais velhos) na plateia. Precisamos estimulá-los para participarem mais das discussões", observa. "Para o bem da Química, da Ciência e da Sociedade, é preciso que mulheres e homens caminhem lado-a-lado."
Para inscrever-se no Núcleo Mulheres: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSerHbLtcKfZhg998BbEXszbJaHgFTticN_Xl692r3PXGICU8A/viewform
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Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)
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