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Um químico no Conselho Deliberativo do CNPq
Maior instância de poder decisório do CNPq, o seu Conselho Deliberativo (CD) tem como objetivos principais a formulação de propostas para o desenvolvimento científico e tecnológico do País, a avaliação da programação orçamentária e a definição de critérios orientadores das ações da entidade. O CD do CNPq é formado pelo presidente da Instituição, pelo secretário-executivo do MCTI, por representantes da CAPES, da FINEP, do CONFAP, das comunidades científica, tecnológica e empresarial no país e por servidores do CNPq.
Ao longo da história, foram poucos os químicos que tiveram assento no Conselho como representantes da comunidade científica da área de ciências exatas, com destaque para os professores Fernando Galembeck (quatro mandatos, entre 1998-2001 e 2017-2020), Jailson Bittencourt (dois mandatos, 2003-2006), Oswaldo Luiz Alves (dois mandatos, 2001-2005) e Vanderlan da Silva Bolzani (dois mandatos, 2010-2015), todos ex-presidentes da Sociedade Brasileira de Química (SBQ). É por essa razão que a SBQ comemora bastante a nomeação de mais um químico e ex-presidente, o Professor Aldo Zarbin (UFPR), para o mandato 2024-2026, conforme portaria MCTI No 8500, de 10 de setembro de 2024 (https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mcti-n-8.500-de-10-de-setembro-de-2024-583698562).
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Profº Aldo Zarbin da UFPR
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A indicação de representantes das diversas áreas científicas para o CD do CNPq é um processo que se dá em duas etapas, coordenadas legalmente pela SBPC, mediante consulta a todas as suas entidades afiliadas. Em uma primeira etapa, a SBPC solicita a todos os presidentes das suas afiliadas a indicação de nomes de cientistas de reconhecida competência apenas em suas áreas de atuação (por exemplo, SBQ indica nomes apenas para a área de exatas) e os nomes que tiveram maior número de indicações em cada área seguem para uma segunda etapa de votação, onde todas as afiliadas SBPC são convidadas a votar em até 3 nomes em cada uma das três áreas. Após essa segunda etapa, os mais votados farão parte de uma lista tríplice para cada área do conhecimento (Ciências Humanas e Sociais, Biológicas e da Saúde e Ciências Exatas, da Terra e Engenharias) que é então enviada ao MCTI. A palavra final sobre os indicados vem da Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A SBQ, assim como todas as afiliadas da SBPC, foi consultada esse ano. Na mudança de gestão havia pouco tempo hábil para organização das indicações, mas ainda assim, a nova gestão da SBQ conseguiu articular em tempo recorde para receber o apoio essencial de algumas sociedades científicas co-irmãs para indicação de um nome. A atuação do Professor Aldo em diversas áreas de interface da Química e sua presença em comitês de políticas nacionais de ciência, foram essenciais para que seu nome estivesse entre os mais indicados e ele tenha ido como um dos nomes da lista tríplice para o MCTI, para avaliação da Ministra. No processo final, veio sua escolha. A Sociedade Brasileira de Química se orgulha disso e tem certeza que, assim como fizeram os outros ex-presidentes, o Professor Aldo fará enorme contribuição nesse novo papel que assume em um dos quadros mais importantes do país para a definição de políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação.
Fonte: Rossimiriam Freitas (UFMG), presidenta da SBQ
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