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Boaventura Freire dos Reis receberá a Medalha Simão Mathias na 48ª RASBQ

O Prof. Boaventura Freire dos Reis, carinhosamente chamado de Boa por seus amigos, nasceu em Mairi, no Sertão da Bahia, em 1939. É pai de Eduardo, Alessandra e Alexandre e pai científico de dezenas de pesquisadores que atuam em diversas instituições científicas do Brasil. Profundo conhecedor de história e com uma cultura ímpar, desde criança percebeu a importância da educação para o crescimento pessoal e profissional. Aprendeu a ler com literatura de cordel e era um dos poucos que sabiam ler e escrever na região onde morava. Graduado em física (1976), dedicou sua vida acadêmica à Química Analítica, particularmente à instrumentação e automação analítica por meio das análises em fluxo, área em que foi pioneiro. Com muita criatividade, admiráveis habilidades manuais e conhecimento de eletrônica, contribuiu ativamente para essa área de pesquisa e tornou-se internacionalmente reconhecido. Bolsista de produtividade 1A do CNPq e um dos pesquisadores brasileiros de maior destaque na área de Química (e.g. Research.com, 2024), continua se dedicando à pesquisa científica e à formação de pós-graduandos, atualmente como Professor Sênior do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo.

Boaventura é membro ativo da SBQ, sócio número 814 e foi tesoureiro da Divisão de Química Analítica (1996-1998). É participante regular das Reuniões Anuais, em que faz questão de apresentar "seus trabalhos", ou seja, aqueles sem ligação direta com projetos de dissertação ou tese e que surgem de sua curiosidade científica e desejo de solucionar problemas. Essa participação ativa em nossa Sociedade tem sido reconhecida, por exemplo, através das medalhas JBCS (2014) e Carol Collins (2022).

A honraria de receber a medalha Simão Mathias coroa a carreira exemplar e motivadora desse brilhante cientista e ser humano adorável; também muito orgulha aqueles que têm ou tiveram o privilégio de sua convivência e de aprender com sua sabedoria e exemplo de vida.


Fonte: Prof. Dr. Fábio R. P. Rocha (Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo)