BOLETIM ELETRÔNICO CHEGA À EDIÇÃO 1000
E
SAÚDA O ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA
São 29 anos acompanhando a vida profissional, as preocupações, e os sucessos dos químicos acadêmicos brasileiros. Em 1982, o Boletim Informativo SBQ surgia para levar notícias aos associados que se distribuíam por um número crescente de estados e municípios. Com edições bimestrais, enviadas pelo correio, a publicação teve início com apenas uma folha, impressa em frente e verso, começo modesto e compatível com os recursos da época. Além de registrarem a história da SBQ, os mil números contam um pouco das mudanças vividas desde então. A começar pelos saltos da tecnologia. Fazer o "Boletim Informativo" significava datilografar os textos, montar a composição e imprimi-lo nos equipamentos do IQ da USP. Exigia também datilografar as quase mil etiquetas, nos tempos precedentes ao computador.
As mudanças na universidade, da mesma forma, foram expressivas. No biênio 83/84 o país contava com 24 cursos de pós-graduação, formou 599 mestres e 276 doutores em química, números que cresceriam de forma substancial nos anos seguintes. A comunidade necessitava, para tomar impulso, de canais de comunicação que veiculassem informações sobre congressos, seminários e eventos internacionais. Na pauta dos primeiros números, questões que mobilizavam as atenções dos cientistas brasileiros: a criação do Laboratório de Luz Síncroton, as reuniões do PRONAQ, Programa Nacional de Apoio à Química, e a participação da SBQ nas discussões sobre o currículo mínimo para os cursos de graduação. O trabalho tinha importância particular em um momento desfavorável para a área de C&T, marcado pela preocupação constante com as restrições de investimentos e recursos na universidade.
Onze editores dividiram, durante esses 29 anos, a responsabilidade pela publicação do Boletim. Marco-Aurelio De Paoli, do IQ da Unicamp, teve a seu cargo a fase inicial de 1982 até 1988, com intervalo em 1987, quando foi substituído por Oswaldo Luiz Alves, também do IQ da Unicamp.
Na sequência (88/89), o Boletim foi editado por Helena Ferraz, do IQ da USP. Pequenas mudanças no formato, aperfeiçoamento da impressão e aumento do número de páginas foram assinalando a evolução do Informativo que agora circulava mensalmente.
Durante a editoria de Eduardo Peixoto, do IQ da USP, (90/93), além de ganhar um novo projeto gráfico, passa a chamar-se Boletim da SBQ, e recebe um acréscimo de conteúdo. Cada número trazia a história de um elemento químico, contribuição muito bem recebida pelos leitores.
Com o aumento do número de pesquisadores e docentes de Química – em 1994 já eram 35 cursos de pós-graduação - os encontros científicos passaram a ocorrer em maior escala. O movimento se reflete na publicação e é dinamizado pela editoria de Romeu Cardozo Rocha Filho, da UFScar. O Boletim da SBQ chega a oito páginas, de tamanho A4, com três colunas, e publica, trimestralmente, uma edição especial com a agenda do período.
Luiz Carlos Gomide Freitas (96/98) será o próximo editor e o período viu a publicação migrar para o meio eletrônico, distribuído para os associados em forma de e-mail, e aumentar sua periodicidade.
O novo suporte, com as vantagens do meio digital, permitia agora maior agilidade, e o envio de edições semanais, mas representava também um recomeço do ponto de vista gráfico. Durante os anos seguintes, o Boletim Eletrônico iria construir novamente sua identidade visual passagem que será iniciada por Paulo Cezar Vieira, da UFScar (98/2000). A riqueza da internet tornava possível aumentar o espaço editorial, sem custos adicionais, e amplificar o debate dos temas importantes para a comunidade. Outro resultado positivo é que todas as edições da publicação, a partir de 1988, ficaram acessíveis a qualquer pessoa no site da SBQ.
Explorar essa nova face do veículo foi a missão de Luiz Carlos Dias, do IQ da Unicamp (2000/06), período que inclui o início de um momento mais favorável para área de C&T no país. E corresponde também a uma etapa em que o amadurecimento da pesquisa brasileira, em quantidade e qualidade, faz cada vez mais necessária a difusão de informações pela publicação.
A partir de janeiro de 2007, sob a condução de Norberto Peporine Lopes, da FCFRP da USP, (06/08), o Boletim começa a incorporar o design que emprega fotos e cores, embora ainda utilizasse uma página única para exibir todas as matérias. O alcance nacional fica claro com a presença de notícias enviadas por universidades de todo o país, para divulgar concursos e eventos científicos.
O veículo chega agora a cerca de 10 mil profissionais e se empenha em cumprir o papel de elo de comunicação entre a direção da SBQ e esse público prioritário. A tarefa ganhou ênfase na editoria de Luiz Henrique Catalani (08/10) que acrescenta às informações tradicionais, matérias sobre a 32ª Reunião Anual. É a partir da Reunião que o Boletim passa a ser editado em forma de news letter, facilitando aos leitores o manuseio da informação.
Dar continuidade a esse processo, com a inclusão de material jornalístico produzido pelo próprio Boletim e ampliação dos recursos gráficos, foi uma das contribuições de Adriano Andricopulo, que assumiu a Secretaria Geral da entidade e a editoria, a partir de 2010. Neste período, o Boletim teve a sua primeira versão no formato de revista eletrônica, comemorativa ao Ano Internacional da Química (AIQ-2011) e a maior Reunião Anual da história da SBQ (34ª RASBQ). O Boletim Eletrônico da SBQ ganha um novo "header" em comemoração a sua edição de número 1000.
Fonte: Carlos Martins (Assessoria de Imprensa da SBQ)